quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

EU NÃO ME PAREÇO COM NINGUÉM


       Assim que ouvi esta frase, minha cabeça começo a gerar idéias: a primeira foi concordar com a afirmação, somos únicos! Temos individualidades, nuances, formas, cores e pensamentos totalmente originais, mas ao mesmo tempo também passamos a vida a procura de iguais, tarefa que considero impossível de ser realizada, mas tentar é bem válido, pois quando estamos cercados de pessoas que tem pelo menos um ponto em comum nos sentimos mais confortáveis, mais acolhidos.
       Depois essa coisa de parecer fisicamente com outra pessoa, xiiii isso é meio chato pra todas as pessoas, pois tem comparação tão fora do esquadro que ficamos envergonhados de negar, é meio assim: Olha fulano, o outro fulano é a tua cara! Trazem fotos, recortes de jornais, mostram em celulares, sei que tem gente que gosta de parecer com outras pessoas, como as famosas, mas ser sósia é o que mesmo? É viver sendo uma sombra ou um reflexo de outro, neste momento pergunto: Quem é você? Você é você? Ou é o outro? Acho que sim,  quer ser o outro e não é, nem nunca será, será um coitadinho, passara a vida querendo ser cigarra e não sai da forma de formiga.
         Tem outra forma de semelhança, é parecer com o outro no mundo das idéias, você pensa igual a ele(a). O que gera aquele pensamento de “Maria vai com as outras”, gosto de ter o meu espaço, esse negocio de seguir a maioria me dar arrepios, calafrios de tremer o corpo todo, fico olhando as outras pessoas que concordam com tudo, tipo calangos que ficam só balançando a cabeça e concordando com tudo, são iguais a cordeirinhos mansinhos e dominados, sou mais o tipo cabra, e na região do Brasil que vivo, me considero é uma “cabra da peste”! Bem teimosinha, afinal essa já foi uma das coisas que me rotularam desde criança já que  me chamaram a vida toda de teimosa, então eu vesti a carapuça, o sapato, o chapéu, o vestido longo e agora chego logo afirmando aos quatro ventos: Sou teimosa e daí? Fazer o que? Me deram a dica eu agora sigo o rumo.

       Não consigo achar as pessoas iguais as outras, às vezes consigo até ver unas poucas semelhanças, vejo pontos em comum e pontos de apoio, onde uma começa a frase e outro termina, vejo cabelos diferentes com cores e modelagem diferentes, formas de rostos distintas, formas de mão únicas, de pés, desenhos de silhuetas tão singulares, mas fico parada em lugares públicos e cada vez que observo chego a ficar mais surpresa como as pessoas são diferentes. Chegamos ao ponto de procurarmos algo em comum com outro para nos sentirmos deste planeta.