segunda-feira, 2 de abril de 2012

tristeza.


Assunto comum quando estou conversando com os meu botões, estabeleço longos diálogos, relato fatos, e discorro sobre teorias mirabolantes sobre a tristeza, já a chamo de amiga, porque não? Melhor tê-la como amiga, do que vizinha uma ingrata e perturbadora.
Pensando bem a tristeza é uma companhia, ela aparece em momentos bem inesperados, embora na maioria das vezes ela se anuncia, por sinais que são ignorados a princípio, mas já os reconheço, são inquietações, insatisfações, rumores e burburinhos bem característicos, a tristeza aparece dentro de um filme, um livro, uma música, uma novela, uma expressão de uma pessoa próxima, e até com uma mudança de clima.
Os momentos que estou na companhia da tristeza, eu cresço, pois acredito naquele ditado “o não que na mata, só nos faz fortalecer”, vejo as coisas de um ângulo que me inquieta, e daí tomo uma decissão num rompante , com uma energia capaz de formar um furacão, e forma, um furacão na minha cabeça, depois tomar conta do corpo e parto para as mudanças, já mudei muito, fiz planos, para muitas coisas, mas nada depois um uma grande tristeza para alavancar a mudança, normalmente dolorosa e prazerosa, dor e prazer, nesta sequencia, é melhor que ao contrario.
Em outros momentos a tristeza me deixa apática, parada, uma estátua de mármore, fria, inerte a realidade ao meu redor, me faz sair do mundo real e ingressar no mundo da imaginação, com monstros, principalmente o “bicho papão”, aquele que fica te esperando no escuro para te devorar, o sentimento de escuridão fica tão real que até a visão fica turva, o pior é quando a sensação se expande para todos os órgãos do corpo, dá uma falta de energia e até respirar exige uma força sobrenatural, coisa que não desejo a ninguém.
Na verdade a tristeza é uma visita que evito, pois nunca sei o que vai acontecer depois, mas sei que ela é inevitável então é melhor se preparar, ficar alerta aos seus sinais pois ninguém foge do que é para sí.