quarta-feira, 19 de março de 2014

Shopping de emoções.

            Estava rodando pela minha bela cidade, Fortaleza, e fiquei admirada com a quantidade de shoppings novos, centro comerciais completos erguidos da noite para o dia e todos sempre lotados, afinal de onde vem tanta gente e tanto dinheiro para movimentar tanto comércio? Sem citar as lojas e centros comerciais de pequenos porte, fico matutando se realmente precisamos consumir tanto.
           Estou passando por uma fase de abstenção de compras tanto por parte de dívidas, como também por falta de interesse em compras, traduzindo, estou triste, mais para "deprê" mesmo, não tenho cabeça, nem condições emocionais e nem muito menos condição financeira para compras neste momento. Estou muito, muito triste, parece que entrei num shopping de emoções e fui direto para as lojas que vendem culpa, tristeza, melancolia, arrependimento e enchi as bolsas e sacolas com tudo o que tinha direito e mais um pouco.
          Hoje vejo a vida a assim: somos consumistas, consumimos coisas, comidas, pessoas, sentimentos e quanto a ultima parte, a dos sentimentos, estes também são capazes de nos consumir, e a mim estão a me fazer de tola, como num shopping onde as vitrines nos seduzem e compramos coisas que nem precisamos e nem mesmo queremos, mas que no final todas as compras foram feitas por você, as compras não entraram nas sacolas sozinhas, pois é, estou nesta de compras em lojas que me seduzem, e estas são as lojas mais densas, as que me atraem, são as que me fazem pensar muito e ficar apática a vida, as sacolas estão assim empilhadas em minhas mãos: remorso, culpa, solidão, tristeza, arrependimento, e como consequência ganhei de brinde saches de: sono e preguiça, fico agora perguntado quando poderei visitar as lojas de: felicidade, alegria, tranquilidade, paz, bom humor, e o que devo neste momento é buscar a coerência, tanto que todos os amigos, aqueles me cercam são unânimes em afirmar que tenho apenas uma solução é esperar pelo tempo, sábio tempo, implacável tempo e porque não inevitável tempo. 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Nunca fui bonita

        Esta afirmação é bem realista e nada de depreciação minha, apenas uma constatação, na verdade me acho bonita, sexy, atraente, inteligente e interessante, mas voltando a afirmação do título, é que o conceito de beleza é algo tão particular que por muitas vezes vejo pessoas admirando outras, por estarem bem vestidas, bem maquiadas, sem barriga, bumbum grande, peitão, pernão e  com um comportamento de atrair outras pessoas, dizem que os bonitos são mais simétricos que outros, um lado do rosto e do corpo bem parecidinho com o outro, mas sei que tenho meu espaço, porém esse não é o meu foco, pois beleza vai embora enquanto o bom humor, praticidade, o amor, a amizade, a família tudo isso fica.
        Vivendo num mundo onde a imagem é tudo, milhares de fotos postadas em redes sociais por segundo, pessoas deixando a aparência superior a essência, sim para parecer bonito, negligenciam a saúde com dietas malucas, o tempo com família, filhos e amiga por horas de exercício, e isso tudo é para que? Para satisfazer a vaidade, sim a grande vaidade que penetra no coração dos homens, como já afirmava a Bíblia no Livro de Eclesiastes "vaidade, vaidade tudo é vaidade".
          A beleza é algo necessário, ver pessoas belas faz bem, mas o culto a beleza  vem me deixando cabreira, pois o que por um momento nos chama atenção pode ter sido conseguido com muito sacrifício, e para que, para ser aceito e amado ou amada, verifico ainda que as mulheres tenham mais inclinação a busca pela bela aparência do que os homens, que agora também esta buscando uma aparência perfeita, buscando o que para mim é o óbvio, buscando aceitação, ser querido e amado, uma coisa que deve ser conquistada por um convívio, com atos e com muita paciência, pois conviver com alguém todos os dias e amar esta pessoa não é fácil, pois somos falhos, mal humorados, ranzinzas e muitos outros defeitos que só podem ser visto de perto e que nenhuma maquiagem pode cobrir.