domingo, 27 de setembro de 2015

Apego ao passado.

           

 Quem não tem apego ao passado? Memórias, lembranças, objetos e nos remetem a um passado todo florido que não volta mais, porém se olharmos bem de perto não foi tão bom assim, é que a mente humana tem o poder de filtrar fatos e deixar o que foi bom e lançando fora o que não foi tão bom assim, Justificando a afirmação anterior, com afirmativas: "era tão bom o tempo de criança!" quando não tinha preocupação com as contas, mas  pessoalzinho quando tu era criança tu só queria ser grande para fazer as coisas de gente grande, sair sem dar satisfação, comer o que quisesse e não o que a mãe mandava, ter uma vida  independente, mas mau sabia tu que quando crescemos as responsabilidades crescem junto.
              Outra lembrança florida:  bom era o tempo de escola, era bom? Tinha amigos, namorados, professores, tudo lindo e maravilhoso, aprendia grande lições de vida e todo o resto era brincadeira, nada disso, era bullying direto, quando tu não era a vítima era o causador, e a escola era chata, aulas, filas, provas, queríamos mesmo era fugir, só para ficar conversando na esquina, jogar games com os amigos, namorar, das voltas no centro da cidade, este era o meu caso, hoje iria ao shopping, nem que fosse só para um sorvete e ver vitrines.
             Vamos nos apegar a coisas: objetos que guardamos não só para boas lembranças mas para um tortura pessoal, guardar roupas que nunca mais usaremos para lembrar de algo que não se repetirá, o casamento, a formatura, a nossa infância, a nossa magreza, nosso tempo de obesa, de solteira, de casada, de bailarina, de jogadora de um esporte qualquer, blá, blá, blá, alô! Tem fotos digitais para se evitar tanto entulho e mofo no mundo.
               Guardar objeto com significado especial, deve ser policiado e determinar o número desses tesouros, pois se não acordaremos um dia cobertos por coisas que apenas nos impedem de ver que a vida continua que o mudo gira, guarda rolhas de vinhos degustados, flores desidratadas, cartas, revistas, jornais, moedas, papeis, caixas cheias de se lá o que, tudo é importante, mas com o tempo o novo sempre vem e se ficamos apegados ao passado, deixamos de viver o hoje e de sonhar com o amanhã e pra mim que deve gira sob o seu eixo é o pião e não nós.

Ser mãe.

        Fico abismada com este ser super humano denominado de mãe, sempre me refiro as de verdade, as mães que sempre conseguem ter tudo no lugar e sob o controle, mas nunca estão satisfeitas consigo mesmas, achando que  podem fazer algo a mais pelo filhos, é aquele amor incondicional e falando nele, neste amor incondicional que muitas afirmam:  "só sabe o que é amor verdadeiro quem é mãe!" Afirmação que discordo de dentro das minhas entranhas.
     Veio a mim uma cobrança que recebo desde a menor idade que me recordo, desde criança, todas, sim todas as meninas, são treinadas, preparadas, intimadas para ser mães! E pronto, caso queiram ou não, caso possam ou não, todas as mulheres devem ser mães, pelo menos esta é nítida impressão que tive por anos. Mas o tempo passa e voa e como os parâmetros mudam, os conceitos de sociedade evoluem, podemos dizer que para as mulheres de hoje ser mãe é uma das opções que todas  podem escolher ,se querem ou não, no meu caso é não. Por muito momentos da vida brinquei de casinha, imaginei como seria o futuro com casa, marido, filhos, mas isso foi uma programação, uma lavagem cerebral, a qual já me libertei, é agora uma mulher pode ser feliz realizada com família e optar por não ser mãe, mas aqui na minha região ainda incomoda, não choca as pessoas, apenas incomoda, mesmo sem expressar uma palavra, sem se quer falar, lemos os olhares que são de repreensão, aquele olhar de questionamento: Como você tão cheia de vida não quer ser mãe?! Conheço demais este olhar, mas ele não me incomoda mais.
       assistindo tv vi uma afirmação de uma atriz famosa no Brasil que era assim "nunca tive competência para ser mãe ", gostei dela, por pesquisando ví que competência significa: o conjunto de habilidades, conhecimentos para agirr em uma determinada situação, e pensando bem nem todo mundo tem competência para ser mãe, vemos umas que jogam o filho no lixo, outras maltratam, outras dão tudo menos amor e por aí vai.
         E o que fica na minha mente é que seria muito bom se só pudessem ser mãe, as mulheres que tivessem competência  para tal função, compromisso, pois esta profissão vitalícia e voluntária, diurna e noturna, merece muito mais que um dia no ano de atenção quando nós dá vontade, nós filhos, deveríamos ser eternamente, minuto a minuto, segundo a segundo eternos cuidadores de nosso mães, pois isso sim é a representação do amor incondicional e verdadeiro e não da ingratidão tão presente nos dias de hoje!

Pessoas bonitas

Tema que me coçou o juízo, é a vida é mais fácil para as pessoas bonitas, não para as bonitinhas, tem que ser bonita mesmo, fico observando como tem privilégios as pessoas com atributos de beleza, primeiro na infância, aquele bebê que todo mundo olha e diz oh! E depois que crescem chegam os mimos do nada e para os menos favorecidos sobra a apenas utilizarem de outros atributos como a esperteza, a inteligência, e muitos outros talentos, é engraçado como as pessoas podem ser cruéis, dizem assim:
       - Fulaninho é lindo mas o outro fulaninho também é legal! Legal? quem quer ser a pessoa legal do lado do bonito, do lindão ou lindona, queremos ser o máximo também.
        Os bonitos ficam na frente em filas, desfiles, apresentações, fotos e quando crescem são escolhidos primeiro em empregos, pela aparência e quando se envolvem com os menos favorecidos de beleza ainda são jugados: Como pode fulano tão bonita (o)? Namorando, casado se relacionando com o outro feio pra caramba.
Pois bem eu não endosso este coro, claro que não sou hipócrita de afirmar que não gosto de pessoas bonitas, mas nada de dar vida mole para qualquer sorriso e rostinho perfeito e corpo esculpido a mão por Michelangelo, vou botar a prova se a beleza vale a pena, se tem conteúdo, se sabe, se é capaz, tem que provar, pois tento ver além da casca e deixo minha contemplação do belo para o Louvre e outro museus que puder visitar.
        Agora me redimindo amo pessoas! Sejam bonitas ou não, o que cansa mesmo é o endeusamento das pessoas bonitas e desprezo pelas menos providas de beleza, mas se formos conceituar beleza, encontraremos um conceito diferente para cada povo, cultura e pessoa, pois num mundo formado por seres humanos tão diferentes o que é bonito pra mim pode não ser bonito para você.