domingo, 27 de setembro de 2015

Ser mãe.

        Fico abismada com este ser super humano denominado de mãe, sempre me refiro as de verdade, as mães que sempre conseguem ter tudo no lugar e sob o controle, mas nunca estão satisfeitas consigo mesmas, achando que  podem fazer algo a mais pelo filhos, é aquele amor incondicional e falando nele, neste amor incondicional que muitas afirmam:  "só sabe o que é amor verdadeiro quem é mãe!" Afirmação que discordo de dentro das minhas entranhas.
     Veio a mim uma cobrança que recebo desde a menor idade que me recordo, desde criança, todas, sim todas as meninas, são treinadas, preparadas, intimadas para ser mães! E pronto, caso queiram ou não, caso possam ou não, todas as mulheres devem ser mães, pelo menos esta é nítida impressão que tive por anos. Mas o tempo passa e voa e como os parâmetros mudam, os conceitos de sociedade evoluem, podemos dizer que para as mulheres de hoje ser mãe é uma das opções que todas  podem escolher ,se querem ou não, no meu caso é não. Por muito momentos da vida brinquei de casinha, imaginei como seria o futuro com casa, marido, filhos, mas isso foi uma programação, uma lavagem cerebral, a qual já me libertei, é agora uma mulher pode ser feliz realizada com família e optar por não ser mãe, mas aqui na minha região ainda incomoda, não choca as pessoas, apenas incomoda, mesmo sem expressar uma palavra, sem se quer falar, lemos os olhares que são de repreensão, aquele olhar de questionamento: Como você tão cheia de vida não quer ser mãe?! Conheço demais este olhar, mas ele não me incomoda mais.
       assistindo tv vi uma afirmação de uma atriz famosa no Brasil que era assim "nunca tive competência para ser mãe ", gostei dela, por pesquisando ví que competência significa: o conjunto de habilidades, conhecimentos para agirr em uma determinada situação, e pensando bem nem todo mundo tem competência para ser mãe, vemos umas que jogam o filho no lixo, outras maltratam, outras dão tudo menos amor e por aí vai.
         E o que fica na minha mente é que seria muito bom se só pudessem ser mãe, as mulheres que tivessem competência  para tal função, compromisso, pois esta profissão vitalícia e voluntária, diurna e noturna, merece muito mais que um dia no ano de atenção quando nós dá vontade, nós filhos, deveríamos ser eternamente, minuto a minuto, segundo a segundo eternos cuidadores de nosso mães, pois isso sim é a representação do amor incondicional e verdadeiro e não da ingratidão tão presente nos dias de hoje!

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